Saiu de casa à tarde. Tinha um frio insuportável nos ossos. Detestava o Inverno.
Absorvida em pequenos dilemas pendentes, ia andando enquanto resmungava para dentro. "Não consigo mesmo mudar a minha vida. Nunca mais ouço o clique que vai tocar isto para a frente". Levava os olhos postos no chão e remoía na tépida pasmaceira que sentia.
Começou a ver pontinhos brancos e um deles tocou-lhe no nariz. Era frio; frio como se fosse... neve?! Levantou os olhos espantada e ficou de queixo caido. Estava a nevar em Lisboa!
Olhou em volta e via as pessoas com a surpresa e espontaneidade das crianças quando vêem o mar pela primeira vez. Haviam caras a arregalar os olhos através das janelas, pessoas no meio da rua a olhar para o céu e a estender as mãos para sentir os flocos na pele.
Instintivamente, meteu a mão na carteira e pegou no telemóvel - 4 chamadas não atendidas e o envelopinho a assinalar duas mensagens novas, uma de Évora e a outra da Ericeira. "Está a nevar aqui!", "Não vais acreditar:...". Era como se a selecção tivesse ganho o Europeu - estava tudo eufórico!
Não viu telhados tapados, nem carros camuflados de branco. Mal tocava no chão, tudo desaparecia. Nem sequer durou muito tempo. Mas ela andou o dia todo com um sorriso tolo na cara e acumulou uma espécie de felicidade para o resto da semana - porque o "impossível" tinha acontecido.
Absorvida em pequenos dilemas pendentes, ia andando enquanto resmungava para dentro. "Não consigo mesmo mudar a minha vida. Nunca mais ouço o clique que vai tocar isto para a frente". Levava os olhos postos no chão e remoía na tépida pasmaceira que sentia.
Começou a ver pontinhos brancos e um deles tocou-lhe no nariz. Era frio; frio como se fosse... neve?! Levantou os olhos espantada e ficou de queixo caido. Estava a nevar em Lisboa!
Olhou em volta e via as pessoas com a surpresa e espontaneidade das crianças quando vêem o mar pela primeira vez. Haviam caras a arregalar os olhos através das janelas, pessoas no meio da rua a olhar para o céu e a estender as mãos para sentir os flocos na pele.
Instintivamente, meteu a mão na carteira e pegou no telemóvel - 4 chamadas não atendidas e o envelopinho a assinalar duas mensagens novas, uma de Évora e a outra da Ericeira. "Está a nevar aqui!", "Não vais acreditar:...". Era como se a selecção tivesse ganho o Europeu - estava tudo eufórico!
Não viu telhados tapados, nem carros camuflados de branco. Mal tocava no chão, tudo desaparecia. Nem sequer durou muito tempo. Mas ela andou o dia todo com um sorriso tolo na cara e acumulou uma espécie de felicidade para o resto da semana - porque o "impossível" tinha acontecido.
4 comentários:
nós esquecemo-nos q o impossível e os milagres acontecem ñ é?!..
baci
e assim é a vida..surpreende-nos qd menos esperamos..;)
Em Aveiro não nevou :S
tiveste azar, Boni; deve ter sido o único sítio...
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