quarta-feira, fevereiro 15, 2006

E mais a consanguinidade que há para aí...

Uma das maiores características deste país é que toda a gente se conhece. E, quanto mais anos passam, mais coincidências vamos encontrando.

Vamos coleccionando amigos e conhecidos pelos sítios por onde passamos, que acabam sempre por ser ou terem sido cunhados, primos, irmãos, filhos, pais, amigos, professores, alunos, chefes, empregados, ou colegas de alguém em quem tropeçamos (às vezes) anos mais tarde.

As diferenças de idade começam a diluir-se e, eventualmente, reivindicam-se laços comuns com pessoas que andaram na mesma escola do que nós... 10 ou 15 anos antes. Gera-se sempre uma conversa cautelosa, até se perceber o grau de proximidade e simpatia com o elo de ligação.

Confesso que nem sempre este grau de acotovelamento me deixa muito à vontade... existe por vezes um sufoco que não posso evitar, que acontece, sobretudo, quando alguma das pessoas envolvidas não me traz muita afinidade. Ter de fazer a conversa de "ai é?! Olha a coincidência! Que engraçado!" é-me um bocado penoso. Aliás, não consigo disfarçar muito bem e o sorriso sai-me amarelado.

Mas hoje deu-se o caso contrário. Hoje gostei de ter encontrado algumas dessas ligações. Veio-me aquela percepção de que, de uma maneira ou de outra, estamos todos mais ou menos unidos por linhas ténues. Nem sempre me lembro disso. Hoje soube-me bem.

4 comentários:

cinderela disse...

Sempre ouvi dizer que estamos ligados uns aos outros pelo menos em 6º (ou 8º?) grau. Há sempre alguém que conhece o outro que é amigo daquele que nós conhecemos.... ;-)

pinky disse...

é verdade essa linhas invisiveis que acabam por nos unir existem, claro que ás vezes é bom apercebermo-nos delas, outras vezes não!

Rui disse...

Somos todos primos.

(assustador, não?)

maria disse...

eu. confesso, que gosto dessas afinidades:)...mas tens razão o mundo é muito pequenino e então Portugal...nem se fala...