quinta-feira, fevereiro 09, 2006

Pânico: uma questão de perspectiva

Ataques violentos de stress. "Ai que não consigo!...". "Ai que não tenho tempo!...". "E se me disserem que não?!". "Ai, ai, ai!...". É verdade que nem toda a gente os tem, mas hoje em dia há cada vez mais gente sujeita a cair nas suas mandíbulas*! É a lócura do dia-a-dia, etc.

Quanto a mim, não os tenho sempre, mas, quando me apanham, é em colete de forças. Um ataque de stress, normalmente, dura-me um dia inteiro (até aí ao fim da tarde). E começa logo pela manhãzinha. Pressões acumuladas de outros dias + um par de noites mal dormidas resultam-me em tensa crise existencial logo no banho matinal (quem rima sem querer...).

No entanto, encontrei a solução ideal (e agora atenção): numa situação típica das atrás descritas, lutava eu violentamente com os meus símios do último andar, quando, num brilhante flash de lucidez, qual visão ilumida, se me infiltrou a seguinte vozinha: "mas eu não tenho de pensar nisto!". E pronto. Preocupei-me com o assunto que tinha de resolver no momento, ou seja, aumentar a temperatura da água, e não me chateiei mais (até aí ao meio da manhã). Tão simples quanto isto.

Outra situação, potencialmente de drama, horror e tragédia, sucedeu quando eu era ainda petiza. No meio de um almoço de arroz de polvo, fiquei com uma perna do dito animal atravessada na garganta. Entre os meus "AARRGHH, COF, COF, IIIIRRRRQUE", membros da família saltavam à minha volta e esbracejavam, sem saber o que fazer. Alguém resolveu dizer "calma!" e fez-se-me luz. Acalmei-me. Abri a boca e com dois dedinhos apenas puxei o maldito tentáculo de volta à realidade.

Conclusão: a) ninguém é obrigado a auto-flagelar-se inutilmente com preocupações (sobretudo no banho); b) quando nos dizem "calma!" não fazemos mal nenhum em ouvir.

* gostei de escrever mandíbulas.

2 comentários:

pinky disse...

tens toda a razão, o auto.controlo é algo que se aprende, e aí, minha amiga, a yoga dá uma enormissíma ajuda, quando estamos prestes a entrar na histería heis que o nosso corpo liberta as memórias das aulas, começamos a respirar, a batida cardiaca a desacelarar e entramos em controle. um fim de semana descanso e feliz, bjs!

bonifaceo disse...

Não me estava a lembrar de me stressar muito, mas lá me lembrei que também me chateio às vezes bastante no banho, quando o esquentador se arma em parvo, juntamente com o motor (de balão) e vejo-me à rasca e sou um gajo friorento que não gosta de água fria e farto-me de barafustar, mas pronto, logo passa.
Beijo.